Resenha - A Culpa é das Estrelas

Título: A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Onde Comprar: Editora Intrínseca

Onde Encontrar: Skoob

A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.

Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar. Mais informações em: www.aculpaedasestrelas.com 

Você deve estar pensando: "-Nossa! Só agora que ela decidiu ler o aclamado sucesso literário de John Green?". Sim, somente nas vésperas do lançamento do filme nos cinemas, eu me rendi a narrativa envolvente realizada por Green, e consequentemente tive o meu coração transformado em pó! 

A narrativa foi incrível, me deixou com uma ressaca literária daquelas - tanto é - que somente duas semanas depois eu finalmente consegui resenhar o livro e postar para vocês! :) Espero que gostem!
Ah! Eu fui ver o filme no último domingo com meu amor e AMEEEI!

A Culpa é da Estrelas conta a história de Hazel Grace, uma garota de 16 anos, 'comum' como qualquer outra adolescente, que adora o reality show americano 'America's Next Top Model', tem 'Uma Aflição Imperial' (UAI denominado no livro em alguns trechos) como seu livro favorito, e reverencia o autor do mesmo considerando-o como seu terceiro melhor amigo 'Peter Von Houten'.

Mas quem sabe ela não seja assim uma adolescente tão comum, pois ela enfrenta um delicado quadro clínico (câncer de tireoide com metástase pulmonar).

"-Ele está se sentindo melhor? - perguntou.
-Não - murmurou o Isaac, o peito inflando por causa da respiração ofegante.
-Esse é o problema da dor - o Augustus disse, e aí olhou para mim. -Ela precisa ser sentida." - Pág. 63

Após enfrentar cirurgia, etapas e mais etapas de radioterapia e quimioterapia - e não obter resultados satisfatórios - os médicos resolvem testar o Falanxifor, remédio que até então, não havia apresentado qualquer evolução positiva em inúmeras pessoas com o mesmo quadro clínico de Hazel, mas com ela funcionou! Após o teste, ela passa a viver diariamente com doses diárias do medicamento, com uma cânula e um cilindro de oxigênio 24 horas por dia.

"-Podemos nos ver de novo? - perguntou, e havia um nervosismo fofo na voz dele.
Sorri.
-Claro.
-Amanhã?
-Paciência, Gafanhoto - aconselhei. -Assim vai parecer que você está ansioso demais.
-Exatamente. Foi por isso que falei "amanhã". Quero ver você de novo hoje à noite. Mas estou disposto a esperar a noite toda e boa parte do dia de amanhã.
Revirei os olhos.
-Estou falando sério - ele disse.
-Você nem me conhece direito. - Peguei o livro de dentro do console. - Que tal se eu ligar para você assim que acabar de ler isso?
-Mas você não sabe qual é o número do meu telefone - ele disse.
-Tenho motivos para acreditar que você anotou o número no livro.
Ele abriu aquele sorriso meio bobo.
-E você ainda diz que a gente não se conhece direito." - Págs. 39 e 40

A personagem têm pais muito amáveis - considerados seus dois melhores amigos - ambos dedicam-se exclusivamente ao seu cuidado, desde o diagnóstico do câncer aos 13 anos de idade. Apesar das doses diárias do Falanxifor e afirmativas dos médicos sobre 'ter ainda muito tempo pela frente', Hazel se caracteriza na narrativa como uma granada que está prestes a explodir, podendo ferir e deixar triste todos que lhe cercam. Com o intuito de auto-proteger seus pais e todos que à amam, ela começa a se policiar quanto a possíveis envolvimentos, até que conhece Augustus no Grupo de Apoio para Adolescentes com Câncer!

"-Eu estou - ele disse, me encarando, e pude ver os cantos de seus olhos se enrugando. -Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.
-Augustus - repeti, sem saber mais o que dizer.
Senti como se tudo estivesse crescendo dentro de mim, como se eu me afogasse numa alegria estranhamente dolorosa, mas não consegui dizer aquilo de volta. Não consegui falar nada. Só olhei para ele e deixei que olhasse para mim, até que ele assentiu, comprimiu os lábios, virou para o outro lado e encostou a cabeça na janela." - Pág. 142

Augustus vai ao Grupo à pedido de Isaac - seu melhor amigo que está prestes a ficar cego por conta de um câncer ocular -, Gus - como passa a ser chamado por Hazel - é um garoto lindo, inteligente e que teve uma das pernas amputadas por um eventual câncer. A primeira conversa deles é cercada por sarcasmo, pois Gus tem um medo 'estranho' - ao ponto de vista de Hazel -, o medo de ser esquecido.

Após contantes encontros e conversas, ambos descobrem que fazem sentido um para a vida do outro, ela consegue descobrir com ele, que eventualmente ela irá machucar as pessoas que ela ama ao morrer, mas que existe muito mais que isso quando se quer viver eternamente, e passam a acreditar em um sempre que é confirmado a cada OKAY dito.

John Green superou todas as minhas expectativas quanto ao livro! Nem preciso, e nem vou recomendar, pois está mais que certo: ACEDE é um livro para ser lido sem ou com recomendações! <3