Parceria - Plínio P. F. Simões

Sobre o Autor:

P.P.F. Simões, pseudônimo de Plínio de Paula Simões Filho, formação superior em Pedagogia e trabalha atualmente em inclusão social para portadores de necessidades especiais, em específico, pessoas Surdas.  

     Veio de uma Família cujo berço religioso é a denominação e seita das Testemunhas de Jeová, não obstante, não concordando com as idéias, costumes, cultura e meio hierárquico desta religião, se afastou.

     Desde a infância havia o hábito pela leitura, sendo Monteiro Lobato, Hans Chris Andersen, Ana Maria Machado, mangas (histórias em quadrinhos nipônicas) e entre outras leituras bem como enciclopédias e livros de astronomia.

     A paixão em escrever que se iniciara em meados dos dezesseis anos, aflorava-se a cada novo livro lido tornando os que estavam na minha cabeceira desde os grandes clássicos como Irmãos Karámazov à livros de literatura contemporânea, por exemplo, o experimentalismo de Milton Hatoum e Cristovão Tezza aos romances surrealistas de Neil Gaiman, enfim, um gosto peculiar por uma literatura ampla de vários generos.

     Mas o livro "culpado", que impulsionou o escritor a começar seus primeiros rascunhos fora o romance estadunidense do escritor J. D. Salinger, O Apanhador no Campo de Centeio. Desde então, não parou mais. 

Ordem e Progresso, romance de estréia (Livro escrito em 2008), tem um viés político e não poderia deixar de contemplar a face de sua vida, quando ainda estava adulterado por inúmeros preconceitos; (isto é, se algum dia algum humano estará libertado de seus próprios infernos constituídos, numa união de amálgama por todas aquelas razões bastardas que achar-se-nos-íamos serem as mais constantes da vida).

A literatura para P.P.F. Simões, tem como caráter contemporâneo um diálogo com a sociedade e suas vertentes incertezas nesta vida moderna, em que o homem, jaz não é mais o lobo de si próprio, sobretudo, ele nem sabe se há um lobo a persegui-lo demasiadas dúvidas que deixam o ser humano atual dentro de um barco com a quilha furada, sem timão, sem âncoras, sem velas; no epicentro duma tempestade noturna sem nalguma luz de farol ou estrelas no céu para o guiarem. O escritor não propõe respostas, antes, apenas uma reflexão sobre as ambiguidades.

Sinopse:

“Sim, a via passar, ela estava tão próxima, seus olhos clarificavam quando os lustres cheios de glória alumiavam o ambiente em que nos encontrávamos. Mas minhas frustrações eram que nestes instantes, aquelas luzes todas, tanto das estrelas ao lado de fora ou dentro deste ambiente, impediam-na de me ver, sempre que olhava para onde eu estava sentando, no canto do restaurante, ela nunca me via, deixava seus olhos escorregarem pelo ambiente e os retornava ao seu namorado. A conhecia, mas só de vê-la surgir no meu horizonte. Ou só de vê-la nos corredores da faculdade, ou nas salas vizinhas, próximas às salas onde eu lecionava minhas matérias universitárias importantes para Samantha conhecer. Tinha vontade de me aproximar, mesmo neste restaurante e dizer: “Oi, Samantha, sou eu, não lembra de mim, não relembra meu nome? Nos vimos várias vezes, dê um pulo nas minhas aulas e quem sabe poderá aprender mais, inclusive que não é bom estar mal acompanhado”. Mas a minha coragem era inusitada, surgia em momentos que não me eram esperados, em momentos que eu não precisava dela; pois assim que eu mais a necessitava, era quando fingia não a ter, ou simplesmente nunca a teria. Inclusive num destes momentos olhara para mim, sim, Samantha encontrara meus olhos. Me vira! Os olhos dela se encontraram com os meus por milésimos de segundos, num feixe capaz de sumir com uma galáxia sendo engolida por um buraco negro, neste ínterim foi quando a minha ousadia pareceu sumir pela porta dos fundos do restaurante sem sequer pagar a conta. E serei obrigado a abrir minhas aspas aqui. ‘Talvez vocês possam pensar que eu sou ciumento à beça. Só que na verdade, apenas acho que este namorado não a ama, como eu a amo.’” - Ordem e Progresso